Atendimento ao cliente e experiência do cliente são a mesma coisa?

Atendimento ao cliente e experiência do cliente são a mesma coisa?

Como um cliente é tratado em um estabelecimento é determinante para a sua satisfação e o seu retorno. A ausência de um bom atendimento ao cliente e experiência, podem levar a perda de confiança e fidelidade com a marca.

Trabalhar o atendimento ao cliente e otimizar a sua experiência são alternativas para que as empresas possam obter melhores resultados

Veja como diferenciar e utilizar o atendimento e a experiência do cliente para realizar suas tarefas.

O que é atendimento ao cliente?

O atendimento é o contato estabelecido entre a empresa e o cliente, para determinada finalidade.

É possível utilizar algumas situações como exemplos práticos deste cenário.

Você entra em uma determinada loja para efetuar uma compra, neste momento é abordado por um vendedor, que inicia o processo de atendimento.

Também é possível identificar a ação de atendimento ao cliente através do SAC de uma empresa. Podendo ser um atendimento para sanar dúvidas, fazer reclamações ou até mesmo um elogio.

E a experiência do cliente?

Como deu para ver, o atendimento é uma etapa que visa a solucionar um problema ou uma solicitação, em determinado momento. Por outro lado, a experiência do cliente abrange aspectos um pouco mais amplos.

Ela corresponde a toda a relação estabelecida entre o cliente e a marca. Ou seja, ela começa antes da compra.

Para entender melhor, pense em alguém que dá início a uma pesquisa para comprar um carro novo. Ele encontra o site da concessionária, mas ainda não se sente pronto para fechar negócio. Começa, então, a seguir a empresa nas redes sociais e interage de modo ocasional.

Em determinado momento, faz a compra do veículo por ver o anúncio de um feirão. Depois dessa etapa, continua a receber contatos de interesse da empresa, como dicas para cuidar do novo veículo ou a hora de fazer uma nova troca. Ou seja, todas as etapas contribuíram (e ainda contribuem) para uma boa satisfação.

Outra forma de oferecer uma boa experiência do cliente é ao criar um programa de fidelidade, por exemplo. Um supermercado que dá descontos para os mais assíduos faz com que o contato não fique limitado à compra.

Como utilizar essas informações?

Como cliente oculto você tem a oportunidade de avaliar tanto o atendimento, quanto a experiência proporcionada pela marca. 

Cabe então, a você cliente oculto, detalhar todos os pontos avaliados, além das suas percepções, colaborando para haver sempre a melhoria nos serviços prestados.

Como mapear a jornada do cliente para melhorar a experiência?

Para iniciar o mapeamento da jornada do cliente, é fundamental entender cada ponto de contato desde o primeiro clique até o pós-venda. Assim, você identifica gargalos, expectativas não atendidas e oportunidades de encantamento.

Por exemplo, uma loja virtual pode descobrir que muitos abandonos ocorrem na confirmação de pagamento, permitindo otimizar esse fluxo.

Além disso, o mapeamento promove empatia, pois coloca a equipe no lugar do cliente, revelando dores que passam despercebidas pela visão interna.

Antes de detalhar as etapas, veja abaixo os passos essenciais para um mapeamento eficaz:

  • identificar personas e suas necessidades;
  • listar todos os canais de interação;
  • coletar feedbacks em cada etapa;
  • analisar dados qualitativos e quantitativos;
  • otimizar processos com base nas descobertas.

Definição de pontos de contato e personas

Ao definir as personas, crie perfis ricos em dados demográficos, comportamentais e emocionais.

Por exemplo, um e-commerce de moda pode ter a persona “Joana, 28 anos, busca praticidade e boas ofertas”.

A partir daí, determine quais canais ela usa, como redes sociais, chat online, e-mail, e registre cada interação. Esse detalhamento fornece um roteiro para melhorias cirúrgicas.

Ferramentas de journey mapping

Diversas ferramentas ajudam na visualização da jornada, como mapas de empatia, fluxogramas e softwares especializados.

Ferramentas como Smaply ou Miro permitem criar diagramas colaborativos em tempo real, enriquecendo a análise.

Caso prefira soluções gratuitas, planilhas bem estruturadas já entregam ótimos resultados, desde que contenham colunas para etapa, canal, sentimento do cliente e indicadores de performance.

Quais ferramentas ajudam no atendimento e na experiência do cliente?

Escolher as ferramentas certas influencia diretamente a qualidade do atendimento e a percepção de experiência do cliente.

Portanto, avalie soluções que integrem CRM, chatbots e bases de conhecimento para atender de forma proativa.

Imagine um cliente que busca instruções de uso de um produto: um chatbot bem treinado pode resolver sem envolver um atendente, reduzindo frustração e tempo de espera. Logo, a sinergia entre plataformas gera eficiência e aumenta a satisfação geral.

Ferramentas para experiência do cliente

Softwares de análise de comportamento, como Hotjar ou Google Analytics, ajudam a monitorar cliques, scrolls e feedbacks in-page.

Além disso, plataformas de pesquisa de satisfação como Qualtrics ou Typeform permitem colher opiniões estruturadas em diferentes pontos da jornada.

Esses dados indicam onde a experiência se quebra e onde deve ser reforçada, criando uma visão completa.

Ferramentas para atendimento ao cliente

Sistemas de CRM como Salesforce ou Zendesk centralizam dados de contato e histórico de interações, possibilitando atendimentos mais personalizados.

Já chatbots alimentados por IA, exemplos de Dialogflow ou ManyChat, resolvem dúvidas simples e direcionam demandas complexas ao time humano.

Assim, reduz-se o tempo de espera e aumenta-se a eficiência do time, impactando diretamente o NPS e a retenção.

Quais métricas medir para avaliar atendimento e experiência?

Medir resultados é essencial para comprovar a eficácia das ações de atendimento e experiência do cliente. Por conseguinte, é necessário acompanhar indicadores que reflitam satisfação, agilidade e qualidade.

Em um exemplo prático, uma empresa de SaaS monitorou o tempo de primeira resposta e aumentou o CSAT em 15% ao reduzir esse indicador em 30%. Logo, estabelecer metas claras permite ajustes contínuos.

Antes de detalhar, confira as principais métricas a serem acompanhadas:

  • CSAT (Customer Satisfaction Score);
  • NPS (Net Promoter Score);
  • CES (Customer Effort Score);
  • tempo médio de resolução;
  • taxa de abandono de chat.

Principais métricas de experiência do cliente

O CSAT mede a satisfação imediata após interações específicas, enquanto o NPS avalia a lealdade a longo prazo.

Já o CES indica o esforço que o cliente faz para resolver problemas, um CES alto sinaliza pontos de atrito relevantes.

Com esses dados, você identifica prioridades de melhoria e mensura o impacto de cada ajuste.

Principais métricas de atendimento ao cliente

No âmbito do atendimento, o tempo de primeira resposta e o tempo médio de resolução são cruciais. Eles afetam diretamente a percepção de eficiência.

Além disso, métricas como taxa de reabertura de chamados mostram se as soluções foram efetivas. Assim, um monitoramento contínuo garante padrões de excelência.

Homem de terno segura três plaquinhas em formato de balão de fala com emojis de satisfação: um sorridente, um neutro e um triste, simbolizando níveis de feedback de cliente

O CSAT mede a satisfação imediata após interações específicas

Como implementar uma estratégia omnichannel eficiente?

Uma estratégia omnichannel bem implementada unifica todos os pontos de contato, criando um fluxo contínuo e sem fricções.

Por exemplo, um cliente que inicia uma conversa por chat pode retomar o atendimento por e-mail sem precisar repetir informações.

Dessa forma, a jornada torna-se fluida, refletindo maturidade digital e atenção ao cliente. Considerando a variedade de canais disponíveis, o desafio é manter consistência e personalização.

Integrando canais online e offline

Para integrar canais, centralize dados em uma plataforma única, seja um CRM ou um middleware especializado.

Isso evita silos de informação, garantindo que cada interação seja registrada e consultável por qualquer atendente.

Um exemplo prático é vincular o sistema de caixa da loja física ao e-commerce, permitindo ofertas personalizadas e históricos unificados.

Boas práticas de personalização omnichannel

Personalização passa por atender o cliente pelo nome, recordar preferências e antecipar necessidades.

Em uma rede de farmácias, por exemplo, o sistema pode sugerir renovações de receitas conforme o histórico de compras, enviando lembretes por app ou SMS. Tais ações demonstram cuidado e elevam a percepção de valor.

De que forma a cultura organizacional impacta o CX?

A cultura organizacional define como colaboradores encaram o atendimento e a experiência do cliente. Se a liderança valoriza o cliente, este valor permeia todos os níveis hierárquicos, resultando em equipes motivadas e orientadas a solucionar problemas.

Pelo contrário, ambientes com foco exclusivo em metas internas tendem a negligenciar a voz do cliente, gerando contatos impessoais e pouco empáticos.

Papel da liderança e do treinamento interno

Líderes que engajam times por meio de workshops e treinamentos constantes criam um senso de propósito.

Por exemplo, realizar simulações de atendimento usando casos reais reforça empatia e habilidade de resolução de conflitos. Além disso, premiar iniciativas de atendimento proativo estimula inovação e cuidado genuíno.

Alinhamento de processos e valores da marca

Processos claros, como fluxos de escalonamento e scripts de atendimento, unem método à personalização.

Quando esses processos são construídos com base nos valores da marca, a consistência se reflete em cada contato. Logo, clientes percebem coerência entre promessa da marca e experiência entregue.

Como mensurar o ROI em iniciativas de atendimento e experiência?

Avaliar o ROI em projetos de CX e atendimento envolve comparar investimentos em tecnologia e treinamento com ganhos em retenção e upsell.

Por exemplo, uma fintech que investiu em chatbots reduziu custos operacionais em 25% e viu a taxa de recompra subir 18%. Tais resultados comprovam o valor de ações centradas no cliente.

Antes de explorar detalhes, observe os principais fatores de retorno:

  • redução de custos operacionais;
  • aumento da retenção de clientes;
  • expansão do ticket médio de vendas;
  • melhoria no lifetime value;
  • diminuição de churn.

Cálculo de impacto em retenção e lifetime value

Para calcular o impacto, identifique a diferença na taxa de retenção antes e depois das melhorias.

Em seguida, estime o aumento do lifetime value com base no ticket médio e tempo de permanência. Com esses números, justifique novos investimentos em iniciativas de experiência.

Exemplos de custo-benefício em empresas brasileiras

Casos como o Magazine Luiza, que implementou atendimento omnichannel, mostram redução de chamados repetidos em 30% e aumento de vendas online integrado às lojas físicas.

Outro exemplo é a Nubank, que foca em satisfação, sua nota NPS superior a 80 reflete resultados sólidos em fidelização.

Resumo desse artigo sobre atendimento ao cliente e experiência do cliente

Por fim, confira os principais tópicos do artigo.

  • mapear a jornada do cliente revela pontos de atrito e mostra onde otimizar processos;
  • ferramentas de CRM, chatbots e analytics suportam tanto o atendimento quanto a experiência;
  • métricas como CSAT, NPS e tempo médio de resolução orientam ajustes contínuos;
  • estratégias omnichannel e cultura organizacional sólida são pilares para a fidelização;
  • calcular ROI com base em retenção e lifetime value sustenta investimentos em CX.

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