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Apps asiáticos ganham força no Brasil. O que aprender com eles?

Apps asiáticos ganham força no Brasil. O que aprender com eles?

Aplicativos de vídeos e compras estão se popularizando no país e se mostrando lucrativos, apesar da desconfiança dos inimigos

Quem nunca ouviu falar no TikTok?! Ele é a rede social do momento. E, junto com outros aplicativos de vendas asiáticos, está ensinando aos brasileiros o que um app deve ter para se tornar um fenômeno mundial.

O mercado asiático é conhecido por ser um grande desenvolvedor de bem sucedidos serviços de entretenimento, comunicação e pagamentos. Com mais de 800 milhões de usuários de Internet, a China é o destaque.

As gigantes Tencent, Baidu e Alibaba são responsáveis pelo boom dos aplicativos no país, que é o maior mercado para os apps móveis, mesmo considerando a aceleração registrada durante a pandemia, que fez com que os downloads chegassem a 218 bilhões em todo o mundo, segundo a App Annie, empresa especializada na análise deste setor. 

TikTok e mais

Ainda de acordo com a App Annie, o download do app que mais cresceu durante a pandemia foi o TikTok. Seu crescimento impressionante, foi de 325% em relação ao ano anterior, ainda que tenha sido banido da Índia. 

O TikTok está entre os cinco aplicativos em que os usuários passam mais tempo e deve atingir 1,2 bilhões de usuários ativos neste ano. 

O app é uma rede social de origem chinesa que permite o compartilhamento de vídeos curtos, de 15 a 60 segundos. Ele conta com vários recursos de edição e um pouco de criatividade, é capaz de fazer o material viralizar. 

Bebendo da mesma fonte, temos também o chinês Kwai. que tem aumentado exponencialmente sua base de usuários. Isso foi devido a campanhas promovidas pelo app que dão recompensas em dinheiro ao entrar na plataforma, convidar amigos, assistir a vídeos, entre outras ações. 

Já o Amino, de origem coreana, é um app que tem se popularizado graças à ascensão do k-pop (estilo de música coreana). Ele permite ingressar em grupos de interesse do usuário, e as comunidades da banda BTS são uma das únicas em português. 

O marketplace Shopee, diretamente de Singapura, chegou recentemente ao Brasil, comercializando todo o tipo de item. Ele compete diretamente com o chinês Aliexpress, um dos pioneiros na categoria. 

Na mesma categoria, há ainda a Shein, loja e aplicativo de vendas com base na China que vende roupas para todo o mundo e ficou famosa no Brasil graças às peças fashion e baratas que oferece aos usuários. 

 Close-up de uma mulher irreconhecível verificando as ofertas com a ajuda do aplicativo de realidade aumentada enquanto faz compras no hipermercado, fundo desfocado.

As lições dos apps asiáticos

O boom dos aplicativos de vendas asiáticos mostram como o Brasil ainda é incipiente no desenvolvimento de novos serviços. 

De fato, temos pouquíssimos desenvolvedores no mercado de trabalho e uma enorme defasagem: até 2024, precisaremos de 420 mil profissionais de tecnologia, mas formamos apenas 46 mil ao ano, de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).

Os asiáticos levam vantagem também no quesito investimento. 

A ByteDance, empresa criadora do TikTok, está em primeiro lugar entre as startups mais valiosas do mundo, e é avaliada em US $140 bilhões. Em 2018, em uma de suas rodadas de investimento, já especulava-se a abertura de capital em Hong Kong, previsto para se concretizar nos próximos meses.

Também não podemos negar que a infraestrutura de pagamentos de comércio eletrônico via smartphone está bem desenvolvida e disseminada na China. 

Por aqui, ainda temos poucos players nesse nicho e muita polêmica. O WhatsApp chegou a ter seu serviço de pagamentos suspenso pelo Banco Central por quase um ano no Brasil, alegando riscos à concorrência, privacidade e eficiência.  

Provavelmente a inspiração mais interessante destes serviços é o conceito de super app.

Apesar de não estar disponível no Brasil, vale mencionar o WeChat, um dos maiores apps do mundo e que oferece um serviço multiplataforma aos usuários chineses, com opções que vão desde envio de mensagens a pedidos de delivery a pagamento de contas e acesso a serviços públicos. 

Esse super app tem influenciado outros serviços, como o WhatsApp, que já disponibiliza pagamentos na plataforma, e o brasileiríssimo PicPay, que além de ser uma carteira virtual, atualmente busca parceiros para incluir mais funcionalidades em um só aplicativo. 

Nem tudo são flores

Apesar do sucesso dos aplicativos de vendas de origem asiática, há um lado obscuro relacionado à segurança dos dados e, no caso de apps como o TikTok, a liberdade do conteúdo das plataformas. 

Há uma certa dificuldade em obter dados precisos sobre as plataformas, o que levanta desconfiança em relação aos apps chineses e a sua ligação com o Partido Comunista.

Em 2018, o diretor-geral do TikTok comprometeu-se a aprofundar a cooperação com o partido. Com isso, causou o banimento temporário do serviço na Índia, um país representativo na base de usuários. 

No ano seguinte, senadores americanos pediram aos serviços de inteligência para avaliar a atividade da plataforma devido a essa suposta colaboração, uma vez que as empresas chinesas não possuem meios legais de rebater demandas provenientes do Governo.

A gestão do conteúdo é outra grande preocupação. Há diversos casos em que apps de vídeos curtos bloqueiam certos tipos de conteúdo, mas permitem que outros circulem livremente pela plataforma. 

Quer um exemplo? Ao mesmo tempo em que é fácil encontrar discursos homofóbicos disfarçados de tutorias de maquiagem no TIkTok, o serviço oculta vídeos que denunciam violação aos direitos humanos.

Há de se desconfiar dos aplicativos de vendas e redes sociais asiáticos, mas, até o momento, os usuários brasileiros estão seguros aderindo a essas plataformas. 

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