Novo visual merchandising: quais são as grandes tendências no varejo?

Novo visual merchandising: quais são as grandes tendências no varejo?

Muito se engana quem pensa que vitrines, gôndolas, geladeiras e outros locais de exposição de produtos aos clientes são organizados de qualquer maneira – e com o novo visual merchandising, o impacto disso deve ser ainda maior. Saiba mais!

Não importa qual seja o porte ou o nicho de um comércio, seu grande objetivo é apenas um: vender. Para isso, os estabelecimentos comerciais recorrem a uma série de estratégias, técnicas e práticas para conquistar mais atenção do público, desde investir em marketing até oferecer promoções e descontos.

O visual merchandising é uma tendência no varejo?

Em meio a uma gama tão ampla de possibilidades e oportunidades, uma bastante forte nem sempre é tão conhecida entre os clientes e potenciais clientes, embora esteja claramente em evidência: o visual merchandising (VM).

É fato que esta é uma das tendências em design de varejo e que ainda há muito o que explorar e aprofundar neste meio, e o primeiro passo é conhecer o conceito. Com isso, será possível começar a aplicar e, com o passar do tempo, continuar melhorando e otimizando em seu negócio.

Continue a leitura para entender melhor o que é visual merchandising, além de conhecer as tendências que podem dar ainda mais força a um elemento tão relevante para o varejo.

O que é e para que serve o visual merchandising?

Este é o nome dado à prática de organizar e mostrar produtos em um espaço de varejo. Com isso, é possível dar mais destaque aos produtos desejados ou até mesmo reforçar características específicas do produto.

Por exemplo, imagine um mercado. Seja qual for, pequeno ou grande, para públicos de renda mais alta ou mais baixa, praticamente em qualquer lugar do Brasil (e quiçá do mundo), é provável que perto do caixa haja produtos como:

  • balas;
  • salgadinhos;
  • chocolates;
  • refrigerantes e outras guloseimas.

Não é à toa que tais produtos estão ali. Afinal de contas, não importa se o cliente foi até lá em busca de açúcar, creme dental, fraldas ou cerveja, ele terá que passar pelo caixa – e, uma vez que já está lá, cai bem pegar um desses itens para comer no caminho de volta ou guardar na bolsa.

Este é apenas um exemplo de visual merchandising entre tantos outros que podemos usar. Porém, esta prática se desdobra em outros pontos mais complexos, desde a escolha das peças que ocupam a vitrine de uma boutique de moda até os itens que são destacados nas telas de um restaurante a depender da hora do dia.

Cabe ressaltar que essa prática movimenta cifras bilionárias. De acordo com dados da Beroe Inc., o mercado global de visual merchandising, luminárias e móveis foi avaliado entre US$ 87 bilhões e US$ 89 bilhões em 2022. A América do Norte é o maior mercado, com US$ 31 bilhões.

Manequins em uma vitrine de loja de roupas com iluminação moderna, exibindo vestuário feminino em uma estratégia de visual merchandising.
Visual merchandising atrai clientes e aumenta vendas através da organização estratégica de produtos e ambiente de loja.

Quando e como surgiu o visual merchandising?

O visual merchandising surgiu como prática estratégica no varejo para atrair clientes e impulsionar vendas por meio da apresentação de produtos e ambientação de loja. 

Sua origem remonta ao século XIX, quando grandes magazines europeus como o Le Bon Marché passaram a investir em vitrines elaboradas para seduzir consumidores. 

Com o tempo, a técnica evoluiu e incorporou princípios de design, psicologia e marketing, transformando-se em um recurso indispensável no varejo moderno.

Origem histórica e evolução do vitrinismo no varejo

O vitrinismo começou com arranjos manuais e uso de iluminação para destacar produtos, criando uma narrativa visual para o público. No início, a técnica era mais artística do que estratégica, mas logo ganhou fundamentos de comportamento do consumidor. 

Ao longo das décadas, incorporou novos elementos como tipografia, cores e ambientação sonora, acompanhando mudanças culturais e tecnológicas.

Exemplos pioneiros, como Le Bon Marché e o impacto do autosserviço

O Le Bon Marché, em Paris, é considerado um ícone por introduzir vitrines temáticas e mudanças sazonais que criavam expectativa no público. 

Já o autosserviço, popularizado no século XX, exigiu um novo olhar para disposição interna e planogramas, ampliando o papel do visual merchandising mercado para toda a jornada de compra.

Antes de prosseguir, vale observar pontos marcantes que ajudaram a moldar o visual merchandising varejo:

  • inserção de vitrines como ferramenta de branding e não apenas de exposição;
  • evolução das técnicas com base em estudos de comportamento do consumidor;
  • adoção de recursos tecnológicos para potencializar experiências sensoriais.
Interior de loja de moda com manequins sentados em mesa de exposição e outros em pé, exibindo roupas de forma criativa.
O vitrinismo surgiu como arte visual e evoluiu para estratégia de venda, usando iluminação e disposição de produtos para influenciar o consumidor.

Qual o tamanho e projeções do mercado de visual merchandising?

O mercado de visual merchandising movimenta bilhões anualmente e está em crescimento constante impulsionado pela competitividade no varejo físico e digital. 

Estudos apontam que empresas investem cada vez mais nessa área para criar diferenciais perceptíveis e fidelizar clientes. Essa expansão reflete a compreensão de que a experiência de compra vai muito além do preço e inclui estímulos visuais e emocionais.

Qual a dimensão global e participação por região?

Globalmente, países como Estados Unidos, China e Japão lideram investimentos em vitrinismo e design de lojas. 

Essas regiões contam com varejo altamente competitivo, onde a diferenciação visual é decisiva. No entanto, mercados emergentes seguem a tendência, adaptando conceitos a culturas e hábitos locais.

O segmento no Brasil e seu crescimento recente

No Brasil, o visual merchandising varejo vem ganhando relevância com a consolidação de redes e a profissionalização de pequenas e médias empresas.

Além disso, eventos como datas sazonais e campanhas promocionais incentivam investimentos pontuais e criativos, que geram impacto imediato nas vendas.

Quais técnicas sensoriais avançadas aprimoram o visual merchandising?

Técnicas sensoriais avançadas elevam o visual merchandising ao criar experiências imersivas que estimulam múltiplos sentidos. Não se trata apenas de decorar, mas de orquestrar luz, som, aromas e texturas para conduzir emoções e comportamentos. 

Atmosfera multisensorial: luz, som, aromas e toque

Iluminação estratégica destaca produtos e cria atmosferas distintas para diferentes áreas. Sons ambientes, cuidadosamente selecionados, influenciam ritmo e tempo de compra. 

Aromas característicos geram memória olfativa associada à marca, enquanto superfícies e texturas enriquecem a percepção de qualidade.

Tecnologia sensorial: projeções, sensores e experiências imersivas

Projeções mapeadas transformam vitrines em telas dinâmicas que mudam conforme a interação do público. Sensores ajustam iluminação e som conforme o fluxo de clientes. 

Além disso, experiências imersivas, como realidade aumentada, permitem que o cliente visualize combinações de produtos antes de comprá-los.

Como o retail design complementa o visual merchandising?

O retail design complementa o visual merchandising ao cuidar da arquitetura e layout do ponto de venda, criando um ambiente coerente com a identidade da marca.

Inclusive, essa integração potencializa a experiência, tornando cada visita memorável e alinhada às expectativas do público-alvo.

Definição de retail design e sinergia com vitrinismo

Enquanto o vitrinismo foca na apresentação visual de produtos, o retail design abrange a organização física, circulação e comunicação visual do espaço. Trabalhar essas áreas em conjunto garante fluidez e reforça mensagens de marca.

Quais as aplicações práticas e ambiente como parte da estratégia?

Estratégias de retail design incluem desde a escolha de materiais e cores até o posicionamento de mobiliário. Lojas que integram essas práticas ao visual merchandising criam experiências consistentes que incentivam retorno e recomendação.

Manequins em uma vitrine de loja com a interface de um site de e-commerce projetada ao fundo, combinando visual merchandising físico e digital.
Le Bon Marché revolucionou o varejo com vitrines temáticas e sazonais, gerando expectativa e engajamento.

Como mensurar o impacto psicológico do visual merchandising no comportamento do shopper?

O impacto psicológico do visual merchandising no shopper pode ser mensurado observando-se reações, escolhas e tempo de permanência no espaço. 

Estudos comprovam que elementos visuais influenciam humor, sensação de urgência e percepção de valor, por exemplo, acabam moldando decisões de compra.

Estudos sobre direção do olhar, stress e escolha

Mapas de calor revelam como vitrines e displays captam a atenção em segundos cruciais. Elementos mal posicionados podem gerar stress visual e afastar o cliente, enquanto composições equilibradas conduzem o olhar de forma natural.

Dados de comportamento, tempo de permanência e conversão

O acompanhamento de métricas como tempo em áreas-chave e taxa de conversão ajuda a identificar acertos e oportunidades. 

Softwares e sensores facilitam essa análise, tornando o visual merchandising mais estratégico e mensurável. Para reforçar a importância dessa mensuração, considere:

  • dados comportamentais permitem ajustes imediatos em campanhas visuais;
  • tempo de permanência está diretamente ligado à probabilidade de compra;
  • conversão de vendas é o indicador final de eficácia da estratégia.

Como adaptar o visual merchandising para lojas omnichannel?

Adaptar o visual merchandising para lojas omnichannel envolve criar uma experiência integrada, onde físico e digital se complementam. Isso requer pensar em todos os pontos de contato do cliente e garantir que a comunicação visual seja coerente e conectada.

Quais as estratégias que conectam físico e digital além dos QR codes?

A integração vai além de tecnologias óbvias, combinando storytelling consistente e identidade visual uniforme em todos os canais. Displays físicos podem remeter a conteúdos digitais exclusivos, ampliando a jornada.

Exemplos de realidade aumentada e vitrines interativas

Lojas de moda utilizam espelhos inteligentes para sugerir combinações e permitir compras sem passar pelo caixa. Aliás, vitrines interativas convidam o cliente a explorar produtos com um simples toque ou movimento, mantendo a experiência fluida.

Quais são os desafios e como superá-los na aplicação de visual merchandising?

Os principais desafios na aplicação de visual merchandising incluem custos, renovação constante e alinhamento com a identidade da marca. Por isso, é fundamental planejar a longo prazo e manter flexibilidade para ajustes sazonais.

Resistência operacional, custos e renovação frequente

Algumas equipes resistem a mudanças por receio de complexidade ou custo. Porém, investir em treinamentos e mostrar resultados concretos é uma forma de vencer essas barreiras. 

Então, para renovar com criatividade, sem gastos excessivos, é preciso ter um bom planejamento e até reaproveitar de materiais.

Sustentabilidade e materiais eco-friendly como diferencial

O uso de materiais sustentáveis agrega valor à marca e atende à demanda crescente por responsabilidade ambiental. Além disso, soluções modulares permitem adaptações rápidas, reduzindo desperdício e custos a longo prazo.

Qual é a importância do visual merchandising para a experiência de compra do cliente?

Existe uma relação direta entre o VM e a experiência de compra que um cliente tem com um estabelecimento, independentemente de qual seja.

Um bom visual merchandising tende a fazer com que os desejos dos clientes sejam atendidos – ainda que eles não tenham se dado conta que tinham aquele desejo antes.

Considere o exemplo que trouxemos do mercado. Ter balas, salgadinhos, doces e refrigerantes perto do caixa é bastante conveniente, pois às vezes a pessoa não teve tempo de olhar para isso no mercado ou simplesmente se deu conta de que estava com fome ou com sede.

O visual merchandising no PDV acontece também em outros comércios. Por exemplo, em algumas lojas de roupas, você pode notar que as prateleiras e armários começam do lado direito assim que o cliente entra na loja, e isso se dá pelo fato de que a grande maioria da população é destra, o que facilita que manuseiem e peguem as peças.

O novo cliente pós-pandemia mudou e, atualmente, busca por algo a mais. O preço da mercadoria e sua qualidade já não são suficientes, já que ele busca por outros elementos, como:

  • Atendimento personalizado;
  • Conveniência e comodidade;
  • Experiência de compra diferenciada;
  • Menos atrito em sua jornada de compra.

Suponha que você quer comprar uma camisa social. É possível encontrar esse produto em diversos varejos, mas sua decisão pode estar baseada não apenas no preço, mas sim naquele que lhe entrega a melhor experiência, mais agradável e fluida. Essa combinação de fatores vai muito mais além de apenas comprar algo.

Leia também: Customer Experience e conversão de vendas: como criar uma experiência memorável

Fachada de duas lojas de roupas, Jack & Jones e Vero Moda, com portas de vidro, vitrines iluminadas exibindo manequins e decoração clean
Aplicar visual merchandising em lojas de roupa feminina requer entender o público-alvo

Você sabe quais são as 10 maiores tendências do novo visual merchandising no varejo?

Pode ser que você já tenha visto algumas dessas tendências e presenciado o efeito do visual merchandising no varejo. Porém, mesmo que não tenha visto ainda, saber quais são já ajudará a abrir a sua mente para compreender melhor o conceito. Confira:

1. Escolha de cores e tonalidades

Por influência de fatores externos, como a cor do ano escolhida pela Pantone, por exemplo, empresas podem adaptar o visual de suas vitrines e elementos decorativos de acordo com isso.

2. Manequins diversos

Ao invés de ter apenas modelos tradicionais de manequim, lojas de roupas podem recorrer àqueles que estejam mais de acordo com suas propostas – por exemplo, em uma loja de artigos esportivos, o manequim pode estar na posição de quem está correndo.

3. Interatividade

A Realidade Virtual (VR) e a Realidade Aumentada (AR) podem deixar os espaços mais interativos, transformando o ambiente e adaptando-o de acordo com o cliente.

4. Sinalização digital

Também conhecido como digital signage, essa prática agrega painéis e telas ao longo do ambiente para que estes sirvam como sinalizações, auxiliando a experiência do cliente e trazendo mais praticidade e adaptabilidade.

5. Painéis de LED

Esses painéis podem ser usados para variados fins, desde pesquisar o estoque da loja até ter conteúdos relacionados à marca sendo transmitidos ali, reunindo uma experiência diferenciada aos clientes.

6. Iluminação adequada

De nada adianta ter um estabelecimento muito bem planejado se a sinalização não ajuda. As luzes certas podem potencializar muito a proposta do espaço.

7. Disposição estratégica dos produtos

Muito além de apenas distribuí-los pelo espaço físico disponível, é importante estudar e entender a jornada do cliente para atendê-lo da melhor maneira possível.

8. Sazonalidade

Trazer elementos sazonais, seja se referindo às estações do ano ou mesmo a algo que esteja em alta no Brasil e/ou no mundo, é uma boa alternativa para atrair o público.

9. Identidade da marca

Tem como objetivo deixar o ambiente tão consistente em termos de identidade de marca para que mesmo quem nunca tenha visitado aquela loja, mas já conhece a marca, possa fazer essa associação.

10. Experiência de consumo

Criar um ambiente que melhore a experiência de compra dos clientes. Aqui, inclusive, fica uma dica SAX: conheça muito bem o perfil e o comportamento do seu cliente para ser capaz de oferecer a melhor experiência que puder, o que depois pode retornar em novas visitas e/ou indicações para a sua empresa.

Imagem de mão segurando o celular realizando um autoatendimento. Visual merchandising é uma das grandes tendências para o varejo.

Qual é a importância da personalização e experiência do cliente no varejo?

Utilizar a experiência de compra a favor do seu varejo é uma decisão muito inteligente, especialmente em tempos em que os clientes valorizam tanto este tipo de interação, e a personalização está diretamente relacionada com isso.

De acordo com dados da McKinsey, 71% dos clientes esperam que as empresas entreguem interações personalizadas, enquanto 76% ficam frustrados quando isso não acontece. Logo, se essa já era uma percepção empírica, agora fica ainda mais claro.

Ao utilizar a personalização no visual merchandising para melhorar a experiência do cliente, a empresa pode conquistar uma série de benefícios, como os seguintes:

  • Aumento das vendas;
  • Vantagem competitiva;
  • Posicionamento como uma empresa que se preocupa com um melhor atendimento ao cliente;
  • Conveniência e praticidade.

Essa personalização pode ser colocada em prática mesmo por empresas menores e que não tenham tanta tecnologia à sua disposição. Por exemplo, se você sabe que um cliente comprou uma camisa azul, quando ele voltar à loja, que tal oferecer uma peça de roupa que combine com aquilo?

Tal exemplo mostra que a tecnologia é um meio de entregar a personalização, mas não é o único. Portanto, a barreira de entrada neste sentido é bem baixa, o que é ótimo para quem deseja começar a oferecer este tipo de experiência.

Quais são os princípios do visual merchandising?

Os princípios incluem foco no cliente, coerência de marca e estímulo sensorial. Para construir uma estratégia de visual merchandising eficaz, é fundamental considerar três pilares que orientam cada decisão de design.

Primeiro, coloque o cliente no centro: entenda seus desejos e crie percursos de compra intuitivos. Em seguida, mantenha a coerência de marca em cada elemento visual, garantindo que cores, tipografia e materiais reflitam os valores e a identidade da empresa.

Por fim, explore estímulos sensoriais, como iluminação, música e aromas, para envolver emoções e tornar a experiência de compra inesquecível.

Principais práticas de display para atrair a atenção

Descreva com detalhes como posicionar produtos em gôndolas e vitrines para maximizar a visibilidade, assim levando em conta a altura dos olhos e pontos de conexão emocional.

Técnicas de storytelling visual

Use cenários temáticos e elementos narrativos para contar histórias que gerem identificação imediata com o público-alvo, dessa forma, criando uma jornada envolvente.

Indicadores de performance a monitorar

Defina métricas como tempo médio de permanência e taxa de conversão por display, portanto, permitindo ajustes rápidos e baseados em dados.

Princípio da orientação ao cliente

O princípio da orientação ao cliente destaca a importância de mapear a jornada de compra dentro da loja.

Ao estudar o fluxo natural de circulação, é possível posicionar produtos de interesse estratégico em pontos de maior visibilidade e criar atalhos que incentivem compras por impulso.

Esse mapeamento deve envolver observação de comportamento, entrevistas e testes A/B em diferentes layouts.

Princípio da coerência de marca

A coerência de marca garante que cada ponto de contato, seja a vitrine, a sinalização interna ou os expositores, fale a mesma linguagem estética e conceitual.

Isso inclui a padronização de cores, uso consistente de tipografias e aplicação de materiais que reflitam a qualidade percebida pela marca. Então, quando a identidade visual é uniforme, o cliente se sente mais seguro e confia no valor agregado dos produtos.

Princípio sensorial

O princípio sensorial explora estímulos que vão além da visão, tornando a experiência de compra mais completa e memorável.

Uso de música e aromas para engajar

A seleção de trilhas sonoras adequadas e a aromatização de ambientes criam conexões emocionais profundas.

Música calma pode prolongar a permanência do cliente, enquanto fragrâncias sutis de baunilha ou cítricos reforçam sensações de conforto e bem-estar, assim influenciando positivamente o tempo gasto na loja e, consequentemente, o ticket médio.

Como planejar o layout da loja para um visual merchandising eficaz?

Planejar o fluxo de circulação e zonas de atração maximiza vendas. Dessa forma, o layout da loja deve ser desenhado com base em análises de comportamento e em estratégias que guiem o cliente pelos pontos de venda mais lucrativos.

Ao estruturar o espaço, defina claramente zonas quentes, onde produtos de alto giro ficam em destaque, e zonas frias, destinadas a itens de menor prioridade.

Além disso, crie itinerários de compra que façam o cliente passar por vitrines temáticas e áreas de promoção antes de chegar ao caixa.

Mapeie o fluxo de circulação usando testes com contadores de tráfego

Analise os pontos de maior movimento para direcionar exposições especiais e campanhas sazonais.

Estabeleça áreas de experimentação

Disponibilize espaços onde o cliente possa interagir com o produto, assim aumentando o envolvimento sensorial e reduzindo a percepção de preço.

Atualize o planograma regularmente

Alterações periódicas surpreendem o cliente e incentivam a redescoberta de produtos já conhecidos.

Definição de zonas quentes e frias

As zonas quentes são áreas de grande fluxo, como cerca de 2–3 metros após a entrada e os corredores principais. Já as zonas frias estão em pontos de menor circulação, geralmente próximos aos caixas.

Ao identificar e mapear esses setores, você consegue otimizar o mix de produtos, posicionando lançamentos e itens de maior margem em locais estratégicos.

Exemplo de planograma simples

Um planograma básico pode dividir cada gôndola em seções coloridas que indicam prioridades de exposição:

  • vermelho para lançamentos;
  • amarelo para produtos em promoção;
  • azul para itens de menor giro.

Esse código visual facilita a montagem das equipes de reposição e garante consistência nas mudanças de layout.

Criação de itinerários de compra

O itinerário de compra é a rota construída para que o cliente passe por áreas específicas, aumentando a chance de interação com produtos complementares.

Por exemplo, conduza o cliente por uma vitrine temática antes de levá-lo às prateleiras centrais, onde estão os itens de maior margem. Então, essa estratégia eleva o valor médio do pedido e aprimora a experiência de descoberta.

Vitrine interna com três prateleiras azuis exibindo diversos modelos de tênis e um letreiro neon branco escrito ‘Impossible is Nothing’”
A iluminação focalizada valoriza as peças-chave e gui­a o olhar do cliente

Qual o papel da psicologia das cores no visual merchandising?

As cores influenciam emoções e decisões de compra. Portanto, a psicologia das cores estuda como diferentes tonalidades afetam o humor e o comportamento do cliente.

Cores quentes, como vermelho e laranja, tendem a gerar sensação de urgência e energia, sendo indicadas para chamadas de promoção. Já tons frios, como azul e verde, transmitem confiança e tranquilidade, ideais para áreas de produtos premium ou serviços exclusivos.

Significado das cores no varejo

Cada cor possui associações culturais e emocionais específicas. O azul é frequentemente ligado à confiança e segurança, o que o torna perfeito para produtos financeiros ou tecnológicos.

O vermelho cria urgência, sendo usado em vitrines de liquidações. O verde remete à sustentabilidade e saúde, indicado para itens orgânicos e naturais.

Tipos de cores e suas emoções

Veja quais as emoções expressas por cada tipo de cor.

  • primárias (vermelho, azul, amarelo): impactam diretamente a atenção e podem ser combinadas para criar contrastes fortes;
  • secundárias (laranja, verde, roxo): equilibram o apelo visual e ajudam a segmentar áreas temáticas;
  • neutras (preto, branco, cinza): servem de base, permitindo que produtos e elementos gráficos se destaquem.

Como escolher paletas de cores para vitrines

Ao montar vitrines, selecione três cores principais:

  • tom de destaque para capturar o olhar;
  • cor de suporte para complementar o destaque;
  • neutro para equilibrar o conjunto.

Utilize ferramentas de moodboard para testar combinações e avalie o resultado com grupos de clientes antes da implementação final.

Como aplicar merchandising sensorial na loja?

Combinar som, cheiro e tato cria experiências memoráveis. O merchandising sensorial amplia o engajamento ao envolver múltiplos sentidos simultaneamente.

A música de fundo influencia o ritmo de compra, enquanto aromas cuidadosamente escolhidos podem reforçar a proposta de valor.

Além disso, expositores com texturas diferenciadas estimulam o tato, aumentando o vínculo emocional com o produto e justificando eventuais acréscimos de preço.

Música ambiente e sonorização

A playlist certa ajusta o tempo de permanência do cliente. Então, músicas mais lentas tendem a prolongar a navegação, incentivando compras por impulso, enquanto ritmos acelerados podem ser indicados em momentos de grande movimento para manter o fluxo.

Aromatização estratégica

A aromatização estratégica utiliza fragrâncias que reforçam o posicionamento da marca.

Escolha de fragrâncias conforme o perfil

Veja algumas dicas para fazer a melhor escolha.

  • cítricos para transmitir frescor, ideais em lojas de produtos naturais;
  • amadeirados para criar sensação de luxo, perfeitos em boutiques de vestuário;
  • doces suaves para evocar conforto, comuns em ambientes de decoração e lar.

O que é cross merchandising e como utilizá-lo?

Cross merchandising combina produtos relacionados para aumentar o ticket médio. Essa técnica posiciona itens complementares próximos uns dos outros, incentivando compras conjuntas.

Por exemplo, coloque acessórios de moda ao lado das roupas principais ou combine snacks e bebidas em um mesmo display. Dessa forma, o cliente visualiza imediatamente as possibilidades e tende a adquirir mais itens.

Exemplos de cross merchandising

A seguir, confira exemplos dessa prática.

  • cálcio e suplementos de vitamina D juntos, reforçando a proposta de saúde;
  • cápsulas de café ao lado de máquinas, oferecendo conveniência;
  • produtos de banho e toalhas em um único ambiente, sugerindo um kit completo.

Ferramentas para planejar combinações

Utilize softwares de planograma que permitem testar diferentes layouts virtualmente e prever o impacto no fluxo de clientes.

Software de visualização de layout

Ferramentas como sistemas de realidade aumentada ajudam na disposição dos produtos, assim simulando o ambiente real e facilitando ajustes antes da montagem física.

Varejo físico x digital: como é a convergência no visual merchandising?

Integração de displays digitais e QR codes aproxima canais online e offline. No cenário omnicanal, o visual merchandising precisa dialogar com o mundo digital.

Displays interativos, QR codes e aplicativos móveis criam pontos de conexão que permitem ao cliente acessar conteúdo exclusivo, avaliações de produtos e ofertas personalizadas diretamente no smartphone, tornando a experiência de compra mais fluida e engajadora.

Digital signage e interatividade

Displays digitais exibem conteúdos dinâmicos, como vídeos e carrosseis de produtos.

Integração com QR codes

Ao inserir QR codes nos displays, o cliente pode escanear e acessar descrições detalhadas, reviews e até efetuar a compra online, eliminando barreiras entre canais.

Aplicativos móveis como suporte de vendas

Apps permitem criar listas de desejos, receber notificações de promoções em tempo real e até agendar visitas guiadas, reforçando o engajamento e a fidelização.

Como aplicar visual merchandising em lojas de roupa feminina?

Aplicar visual merchandising em lojas de roupa feminina requer entender o público-alvo e destacar produtos-chave logo na vitrine. 

Primeiro, escolha uma paleta de cores que dialogue com as coleções sazonais e reforce a identidade da marca. 

Em seguida, posicione manequins em posturas que simulem situações reais de uso, criando conexão emocional com o cliente.

Para enriquecer a experiência, utilize acessórios que complementem os looks e crie mini cenários temáticos. 

Dessa forma, a consumidora consegue visualizar combinações completas, aumentando o tempo de permanência na loja e as chances de conversão.

Antes de definir o layout interno, teste diferentes disposições de manequins e expositores em pequena escala, monitorando o comportamento das clientes por meio de observações diretas.

A seguir, veja exemplos práticos de vitrines e displays de moda feminina:

  • vitrines inspiradas em ocasiões especiais, como festas ou trabalho;
  • expositores em níveis variados para destacar itens premium;
  • combinações de tecidos e texturas para atrair o olhar;
  • uso pontual de elementos naturais, como plantas ou flores secas;
  • painéis de tecido ao fundo para suavizar a iluminação.

Quais estratégias de visual merchandising supermercado geram mais vendas?

Estratégias de merchandising em supermercados movimentam as vendas ao organizar produtos de forma lógica e atraente. 

Primeiramente, agrupe itens complementares próximos ao caixa para estimular compras por impulso. Além disso, alterne disposições verticais e horizontais para guiar o olhar do cliente pelos corredores.

Em termos de comunicação, utilize sinalização clara e legível para diferenciar promoções e lançamentos. Assim, o cliente rapidamente identifica ofertas sem esforço. Porém, nunca abandone a coerência visual, mantendo a paleta de cores da marca em toda a loja.

Para destacar ainda mais categorias estratégicas, considere:

  • criação de ilhas temáticas no centro dos corredores;
  • displays giratórios com produtos em promoção;
  • pilares decorados que orientem o fluxo de circulação;
  • mesas de degustação para lançamentos de alimentos;
  • faixas de chão que direcionem eventos sazonais.

Técnicas de cross‑merchandising perto do caixa

Colocar itens complementares, como molhos e petiscos, imediatamente antes do caixa aumenta consideravelmente o ticket médio. Entretanto, cuidado para não congestionar a fila; utilize expositores compactos e esteja sempre atento ao fluxo de clientes.

Exemplos práticos de disposição

Um expositor rotativo próximo ao caixa pode conter chapéus e protetores labiais no verão, enquanto no inverno abriga luvas e cachecóis.

Mulher jovem com cabelo metade rosa, metade amarelo, vestindo top rosa e camisa branca, escolhendo roupas em uma arara de cabides dentro de uma loja de shopping, com prateleiras de tênis ao fundo.
A convergência entre loja física e e‑commerce amplia o alcance da marca

Quais boas práticas de visual merchandising loja de roupa?

Boas práticas garantem coerência estética e funcionalidade. Em primeiro lugar, defina zonas quentes e frias de fluxo para posicionar lançamentos e itens de maior margem nos pontos de maior visibilidade. 

Em seguida, varie as alturas de prateleiras e manequins para criar dinamismo visual. Ademais, promova rotações periódicas de displays a cada duas semanas, reativando o interesse das consumidoras frequentes. 

Para reforçar a identidade da marca, utilize materiais que conversam entre si, como madeira clara e metais escovados, evitando misturas excessivas.

Uso de iluminação para destacar coleções

A iluminação focalizada valoriza as peças-chave e gui­a o olhar do cliente. Por exemplo, spots direcionados para a vitrine podem realçar cores vibrantes, enquanto a luz ambiente suave cria aconchego. 

Além disso, luzes com temperatura de cor variável permitem ajustes sazonais, mantendo o visual sempre atual.

Quais ferramentas e materiais são essenciais para um bom vitrinismo?

Ferramentas adequadas potencializam a execução de vitrines impactantes. Primeiro, invista em softwares de planograma para simular layouts antes da montagem física. 

Em seguida, utilize mobiliário modular que permita mudanças rápidas de formato e altura. Além disso, adquira expositores transparentes para criar sensação de leveza e combine tecidos de diferentes texturas para enriquecer o cenário. 

Em paralelo, estojos de ferramentas básicas — alicate, fita dupla face, réguas e tesouras — garantem agilidade na montagem e ajustes finos.

Abaixo, alguns recursos comumente usados por vitrinistas profissionais:

  • softwares de planejamento de planograma;
  • expositores modulares em acrílico e metal;
  • materiais de fixação invisíveis, como ganchos ultrafinos;
  • elementos cenográficos (caixas, píncaros, molduras);
  • caixas de luz para backlight em painéis.

Softwares de planejamento de planograma

Ferramentas como DotActivate e ShelfIt permitem testar a disposição de produtos digitalmente, reduzindo retrabalho e custos de prototipagem. 

Ademais, muitos desses programas oferecem integração com sistemas de gestão de estoque, otimizando a reposição no ponto de venda.

Como mensurar resultados e ROI no visual merchandising?

Mensurar impacto é fundamental para validar investimentos. O primeiro indicador a ser analisado é o ticket médio antes e depois de mudanças significativas de layout. 

Avalie o tempo médio de permanência das clientes em áreas-chave, utilizando sensores de fluxo quando disponíveis.

Em seguida, compare as vendas por categoria para identificar quais displays geraram maior conversão. Portanto, integre dados de vendas com observações qualitativas de equipe de vendas, obtendo insights sobre percepções das clientes.

Indicadores‑chave e métricas de desempenho

Principais métricas incluem:

  1. Valor médio de compra por cliente;
  2. Taxa de conversão de áreas destacadas;
  3. Variação de vendas sazonais por display;
  4. Engajamento em campanhas promocionais no PDV.

Como integrar visual merchandising online e offline?

A convergência entre loja física e e‑commerce amplia o alcance da marca. Para isso, implemente QR codes em vitrines que direcionem para páginas de produtos ou tutoriais de estilo. 

Além disso, crie experiências de realidade aumentada que permitam experimentar looks virtualmente por meio de tablets disponíveis na loja.

Dessa forma, a cliente transita sem fricção entre os canais, fortalecendo o vínculo com a marca. Para complementar, promova eventos híbridos, como desfiles transmitidos ao vivo no Instagram, conectando audiência digital e presencial.

Experiências de realidade aumentada no ponto de venda

Com aplicativos de AR, é possível simular provadores virtuais e pos­si­bilitar combinações de looks antes da prova física. Por exemplo, a clientela pode usar tablets para “experimentar” cores diferentes sem precisar trocar de roupa.

Quais são os melhores visual merchandising do mercado?

Temos alguns exemplos no Brasil, que validam o que foi abordado neste conteúdo:

  • C&A: a marca de roupas tem implementado mudanças em suas lojas. Começando pela que fica no Shopping Iguatemi, em São Paulo, considerada a flagship da marca, ela reúne um conjunto de atendimento personalizado, música, iluminação, aroma e posicionamento de produto, resultado em algo diferenciado.
  • O Boticário: a rede conta com telas touchscreen, conteúdos interativos e vitrines virtuais, além de tablets espalhados pelas lojas que trazem informações sobre os produtos, ajudando os clientes a tomar uma decisão mais consciente.
  • Cacau Show: algumas lojas dessa gigante do chocolate são uma verdadeira experiência. Um exemplo é a que fica no MorumbiShopping, aliando metodologias de Design Thinking, User Experience (UX) e Journey Design, entre outras soluções que fazem com que aquilo seja muito mais que uma loja de chocolates.

Conte com a SAX para ficar atualizado sobre as tendências de mercado!

Há muita variedade na escolha de opções, mas algo que se mostrou comum na definição do que será aplicado em termos de visual merchandising é a importância de conhecer muito bem o cliente, oferecendo assim uma experiência cada vez mais especial a ele.

Hoje, mais do que nunca, vemos que a loja física não morreu. e se você quer dar ainda mais vida para o seu negócio, conte com a SAX para se destacar ainda mais e proporcionar uma melhor experiência em seu negócio.

Resumo desse artigo sobre visual merchandising

  • A aplicação estratégica de visual merchandising em moda feminina usa paletas de cores, manequins e cenários temáticos.
  • Em supermercados, cross‑merchandising e displays sazonais elevam o ticket médio e agilizam a experiência.
  • Ferramentas de planograma e mobiliário modular são essenciais para a agilidade e flexibilidade no vitrinismo.
  • Métricas como ticket médio e tempo de permanência ajudam a mensurar resultados e ROI das ações.
  • A união de práticas sustentáveis e experiências online-offline fortalece o engajamento do cliente.
  • O visual merchandising surgiu no século XIX e evoluiu com o varejo para se tornar estratégia essencial.
  • O mercado cresce globalmente, com destaque para inovações sensoriais e tecnológicas.
  • O retail design complementa e potencializa os efeitos do vitrinismo.
  • Métricas comportamentais ajudam a medir e ajustar estratégias para melhores resultados.
  • A integração omnichannel e a sustentabilidade são tendências-chave para o futuro.

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